Uma casinha a beira mar.

O sonho parecia tão real, e aos olhos de qualquer pessoa seria simples demais. Não, eu não tinha um milhão de reais na minha conta bancária, ou era casada com uma pessoa que tinha o último carro da moda e que usava terno e gravata e no café da manhã saia apressado dizendo que estava atrasado para a reunião de negócios. Enquanto eu ficava tomando meu café sozinha em uma mesa com várias cadeiras vazias e depois me perguntava o que faria pelo resto da tarde ou como eu gastaria meus dois mil reais diários. Pelo contrário, eram 6 horas da manhã e meu golden retriever pulou em cima da cama me lembrando que estava na hora de acordar, em seguida veio aquele toque tão delicado e que automaticamente meu coração pareceu disparar e logo lançar aquela certeza que eu queria sentir aquelas mãos no meu rosto por todas as manhãs, em seguida eu abri os olhos e sorri ao ver ele me puxando pela mão para fora da cama com o mesmo olhar que havia me encantado á anos atrás. Eu poderia citar detalhadamente como estava o céu naquela manhã, ou qual era o som do vento soprando mais não teria importância para ninguém, e ainda existe coisas que somos egoístas ao ponto de querer guardar para nós mesmos de tão bom *-*, essa é a verdade. E a única coisa que realmente importava naquela manhã era os dedos dele entrelaçados nos meus, a areia tão fina abaixo dos meus pés e o nosso Luck correndo pela praia em direção ao mar, quando os primeiros raios de sol apontavam no céu. Eu não consigo me lembrar do seu rosto, não consigo me lembrar do nome ou do som da sua voz, mais o sentimento ainda me assombra ao mesmo tempo em que me fascina quando me lembro desse sonho, e quando fecho os olhos consigo pintar todas as cores novamente. O cenário perfeito, a vida que está por vir. Tenho certeza.