Eai quantos bilhetes?

Depois de uma tentativa frustrada de assistir Comer, Rezar e Amar na estréia, nessa semana que passou não consegui resistir á vontade e na quarta feira a noite eu estava sentada na fileira do cinema lotado, em um bom lugar para assistir um dos filmes que ultimamente tinha esperado com uma certa ansiedade. O filme e a atuação de Julia Roberts me desapontaram um pouco vou ser sincera, mais um dos trechos sem duvidas abriu minha mente não apenas para essa postagem, a intenção desses filmes é sempre fazer a gente olhar para a nossa própria vida. Então para mim essa piada italiana que contaram se encaixou bem mais em alguns pontos. ''Dizem à lenda que um homem pobre vai á uma igreja todos os dias e reza diante de uma estátua de um grande santo: ''Querido santo, por favor, por favor, por favor... Conceda-me a graça de ganhar na loteria’’ Esse lamento dura meses, e por fim irritada a estátua ganha vida, baixa os olhos para o suplicante e diz ‘’ Meu filho, por favor, por favor...compre um bilhete’’ É meio óbvio e todos sabem que não conseguimos muita coisa sem o nosso próprio esforço, não é simplesmente entregar tudo na mão do tão famoso destino. Eu li em algum lugar que agora eu não vou lembrar que galopamos pela vida como artista de circo, equilibrados em dois cavalos que correm lado a lado. Um deles costumamos chamar de ‘destino’’e o outro "livre arbítrio” Então como a nossa vida é uma série de questionamentos o que precisamos perguntar nesse caso, é com qual cavalo devemos parar de nós preocupar, porque ele não está sob nosso controle, e qual deles precisamos guiar com certo esforço? Eu particularmente não gosto de pensar que tudo que possa vir a acontecer já esteja previsto, o livre arbítrio para mim tinha que ser algo sagrado, eu ainda quero ter as minhas escolhas, poder comprar quantos bilhetes quiser e quem sabe com isso poder mudar certos rumos, não quero jogar a culpa na porra do destino se algo acontecer, ela é exclusivamente minha. Quero escolher meus pensamentos, e só isso.