terça-feira, 4 de setembro de 2012

Querida Clementine.



A mente de Clementine era algo intrigante, tinha passagens secretas, que até ela mesma não havia conseguido encontrar uma saída, por mais que tentasse se aventurar. Alguns poderiam classificar como ''perturbada'', eu diria que ela apenas formava seus próprios pensamentos com a intensidade de um furacão. Podia vestir um vestido azul e um casaco amarelo e se sentir confortável e segura o suficiente para caminhar pelas ruas. A sua essência podia ter um gosto amargo, com um toquinho de mel, mel que se misturou com um sorriso e encantou seu coração. Era um coração como todos os outros, meio gastado, meio furado que procurava seguir seu caminho, ela simplesmente o encontrou e adocicou ele inteiro com toda sua doçura.Foi dessa parte, meus caros amigos que começou o fim, e quando ele estava prestes a acontecer não teve mente que aguentasse, e ela procurou aquela clinica especializada em apagar memórias.Era feito como pegar uma borracha e apagar aquele desenho mal feito em um rascunho, simples e fácil como tal. E no dia seguinte as lembranças não mais a torturariam, o cheiro dele nas roupas seria apenas mais um aroma entre tantos das marcas de cosméticos. Por que apagar tudo Clementine? E aquelas lembranças tão agradáveis dos sorrisos compartilhados? Essas sem dúvidas são as piores, deixa-lás vivas dentro da mente, faz com que adoeça, com que o fim seja revivido cem vezes pior.

Obrigada Dr. Howard
Adeus Joel ...





( Texto foi inspirado no filme Brillho Eterno de uma mente sem lembranças misturado com a tal realidade de uma roubadora de palavras.)

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