segunda-feira, 26 de março de 2012

A porta


Ele caminhou, deu meia volta, seguiu por outra estrada desistiu novamente daquela e entrou em travessas escuras, outras ruas mais largas e claras, estradas de terras, ruas cobertas de cimento onde o verde gritava por uma brecha para sair, porém quando chegava ao final de uma rota sempre se deparava com aquela mesma porta, e continuava tentando entrar de todas as formas nela, mesmo sabendo que a teria virado do avesso se fosse possível e continuaria não encontrando nenhuma fechadura. Podíamos chamar de teimosia? Persistência? Não, era apenas tolice. As formas que ele havia tentando eram tão simples e comuns que a própria porta já tinha aprendido driblar todas elas com suas experiências anteriores. Quando menos esperou, justamento quando foi surpreendido que ele percebeu onde tinha errado tantas vezes. Ela estava lá com o olhar carregado de aventura batendo com toda a força que conseguia um machado sobre a porta, pequenos buracos começavam a aparecer e logo já tinha um espaço suficiente para passar uma pessoa, era isso afinal! Enquanto ele continuasse naquela mesma rotina, vivendo sem aventura e não deixando ser levado pelo coração, não saberia que na loucura, perdendo a razão que estava à saída.

2 comentários:

  1. Huuum , estou com muito sono mana amada, parece que ela queria entrar na porta e ele queria sair. Pelo que te conheço a porta seria do coração dele, mas... amanhã, sem estar desmaiando de sono eu leio de novo e comento melhor, beijo

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    1. Ah meu querido maninho, é interessante ver como você interpretou esse texto, cada um vê de uma forma acho que é isso que me deixa feliz. *-*

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