Hoje o mundo resolveu me dar um tapa na cara e dizer ”Acorda!” Não sei se foi uma das conversas que eu tive na noite passada e depois que deitei cabeça no travesseiro percebi que tinha falado praticamente tudo o que eu EU precisava para outra pessoa, sem se dar conta que aquele ‘conselho’ servia para mim mesma. Ou se foi a cena que presenciei tão simples, mais ao mesmo tempo que prendeu tanto a minha atenção. Vi um senhor correndo. Magro, muitas rugas, cabelos grisalhos ele entrou no ônibus cansado, mas sorrindo, agradeceu o motorista por ter esperado e sentou. Eu continuei observando, me perguntando quem era e o que fizera em toda sua vida. Estaria ele satisfeito com as suas conquistas? Ou será que ele guarda muitas mágoas? De repente comecei a pensar em como eu estava conduzindo a minha vida. Será que perdemos muito tempo lamentando nossas perdas ao invés de lutarmos por dias melhores? Será que lutamos tanto por dias melhores que nos esquecemos de dar valor as pequenas coisas, aos pequenos prazeres da vida? Lembrei daquela música que diz: “Devia ter complicado menos, trabalhado menos. Ter visto o sol se pôr. Devia ter me importado menos, com problemas pequenos. Ter morrido de amor…” Então esse tapa que eu recebi no rosto hoje fez eu perceber que ainda há tempo para eu me preocupar menos para eu fazer as minhas apostas. Porque a vida é um jogo onde todos podem fazer as suas apostas derem certo. Não quero ser aquele tipo de pessoa que joga cautelosamente, com medo de errar. Aconselho que façam o mesmo, afinal, o prêmio de quem aposta baixo, é igualmente baixo.
Postagem feita em 13, julho de 2010
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