quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Eu crio asas mágicas, que me permitem voar.

Estava escuro, uma escuridão que podia a estar devorando por dentro. Mais ela sabia que o responsável era apenas o edredom que no momento fazia o papel de uma daquelas capas invisíveis que tanto sonhava que fossem reais e pudessem saltar dos filmes como Harry Potter. O tempo que passou ali embaixo não poderia ser calculado, ela estava tentando se isolar daquele mundo que a estava acolhendo, seus pensamentos estavam no mesmo lugar que os tênis esparramados pelo seu quarto. Baixo, muito baixo. Até que o velho despertador ganhou vida por mais um dia deixando chegar ao seu ouvido o ‘teu precioso e estridente Bom dia” Demorou tempo suficiente para sair de seu refugio, e quando o fez sentiu o vento frio que entrava pela janela trazendo o cheiro da grama molhada de mais uma segunda-feira chuvosa. Em meio a tanta bagunça, ela precisava ver algo que fizesse algum sentido, seus olhos percorreram todo o aposento e quando voltou novamente a atenção para sua janela, pequenas sementes entravam sem pedir permissão junto com o vento. ”Dente de leão” A janela aberta trouxe a esperança, porque em algum lugar nos quatro cantos da terra alguém a assoprou fazendo com que um sorriso preenchesse os lábios da garota e aquele sentimento criasse raízes em seu coração.

Postagem feita em 19, julho de 2010

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