segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Vamos falar de Agosto.

‘’Quero colecionar pessoas, espera. Deixa eu te explicar:
Quero escrever sobre as pessoas que chegaram se apresentaram e roubaram talvez alguns minutos, talvez meu coração.’




Agosto chegou com uma placa que dizia ‘’Problemas aqui’’, e meus caros não era uma simples plaquinha. Sabe aqueles letreiros piscantes com uma luz capaz de cegar seus olhos? Pois bem, não havia como não prestar atenção no alerta. Tinha um sorriso também, claro que tinha. Um sorriso torto que escondia uma criança no canto dos lábios. Um olhar, que ao descer do carro naquela noite não escondia a timidez, e é justamente ali que mora o perigo. Lembro de uma amiga me dizendo ‘’ Ele é parte daquele tipo que não faz absolutamente nada de especial e faz com que você perca o chão’’ Claro que era um perigo, um perigo gigante. Que roubaria minhas séries favoritas, o caminho da minha casa, e minha atenção. Se eu dei permissão? Não, não. 
Não permiti que ele fosse à mudança, a incerteza, o contraditório e a esperança. Foi o ponto chave de um mês que diziam ser do desgosto, foi apenas o riso em uma noite de sábado, o sopro da despreocupação, a história de infância sobre ser como a Polyanna. Não foi nada demais, nada de menos.
Sabe aquele tipo de momento que precisa ser vivido ali, naquele instante? Se deixar para depois, se prolongar pode estragar? Foi essa a historia. Foi pelos sorrisos, as palavras, e os copos vazios que me arrisquei rabiscar algumas paginas desse meu caderno.  E por perceber que ao em vez de ter me desligado, agosto me ligou aos poucos para algo que eu tinha prometido tirar umas férias.



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